Recentemente um caso de etarismo viralizou na internet. Alunas de uma universidade de São Paulo postaram um vídeo ridicularizando uma colega por estar iniciando um curso superior com mais de 40 anos de idade. A repercussão do vídeo trouxe à tona esse tema tão importante e que precisa ser debatido.
Por definição e segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o etarismo é o conjunto de estereótipos, discriminação e preconceitos proferidos a uma pessoa por causa da sua idade. A OMS também destaca que esse tipo de preconceito pode acarretar graves consequências para a saúde mental e bem estar do indivíduo.
Como o etarismo se manifesta?
O etarismo está difundido em nossa sociedade e pode ser considerado um preconceito silencioso. Você pode se deparar com ele em relações familiares, no mercado de trabalho e em várias outras situações corriqueiras. Assim como qualquer tipo de preconceito ele pode se manifestar de forma verbal, física ou psicológica. Por exemplo: falar que alguém é muito “velho” para mudar de carreira ou que uma pessoa com 60 anos não tem capacidade de fazer algum tipo de atividade física é um preconceito por idade.
Quais são as consequências?
Podemos afirmar que o etarismo afeta diretamente a saúde mental da pessoa. Quando exposto a esse tipo de preconceito, o indivíduo tende a se isolar por não se sentir mais confortável em certos ambientes. Tudo isso pode desencadear muito sofrimento.
Idade não deve ser um fator limitante
A idade não deve ser um impeditivo para que as pessoas possam realizar seus sonhos. Não existe tempo certo para dar o primeiro passo em busca de uma realização pessoal ou profissional.
Ao longo da nossa carreira já nos deparamos com muitas pessoas que estavam evitando trocar de curso ou fazer uma transição de carreira por se achar muito “velha” pra isso.
O nosso trabalho como psicólogas e como orientadoras profissionais é lembrar que sempre é possível ir em busca daquilo que faz sentido pra você, independente da sua idade.